Setor privado foi responsável por crescimento de investimentos no Brasil, diz estudo

Setor privado foi responsável por crescimento de investimentos no Brasil, diz estudo

Setor privado foi responsável por crescimento de investimentos no Brasil, diz estudo

Entre 2016 e 2021, a parcela de investimentos na economia em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) cresceu de 15,52% para 19,17%, e, segundo um estudo do Centro de Estudos de Mercado de Capitais (Cemec), essa expansão ocorreu devido à alta nos investimentos por parte do setor privado.

Segundo o estudo, o resultado de 2021 refletiu um ciclo de retomada de investimentos após a crise econômica entre 2015 e 2016, mas que ganhou força principalmente de 2019 a 2021, mesmo com os efeitos da pandemia. Os três últimos anos são responsáveis por 2/3 do resultado do período.

Nesses anos, a taxa média de crescimento de investimentos foi de 8% ao ano, quase o dobro da média entre 2016 e 2021, de 4,5%.

Pelos cálculos do Cemec, a relação investimentos/PIB poderia ter sido ainda maior caso os investimentos do setor público não tivessem recuado no período, caindo de 1,93% para 1,64%.

Com isso, o resultado positivo foi atribuído inteiramente ao setor privado, com os investimentos em relação ao PIB subindo de 13,59% em 2016 para 17,53% em 2021.

Segundo o Cemec, o resultado é “surpreendente” devido à “existência de capacidade ociosa, queda das expectativas crescimento nos próximos anos e elevados níveis de incerteza”.

Ainda de acordo com o estudo, a expansão no investimento privado foi ligada majoritariamente a dois setores, da indústria de construção e indústria de bens de capital para agricultura.

De 2016 até 2021, as taxas anuais de produção dos dois setores apresentaram crescimento, mas a expansão foi ainda maior, quase o dobro, considerando apenas o período de 2019 a 2021.

Para o instituto, os desempenhos positivos possuem causas distintas. No caso da indústria de construção, a expansão está ligada aos gastos maiores de famílias com reformas e manutenção durante a pandemia e pela queda na taxa de juros, reduzindo custos de financiamento e comercialização de imóveis.

Já em relação à indústria de bens de capital para a agricultura, o resultado estaria ligado ao forte desempenho da agropecuária e incentivo a investimentos para aumentar a produção em meio à alta nos preços de commodities e uma taxa de câmbio favorável a exportações, com o dólar valorizado.

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